terça-feira, 25 de maio de 2010

Minha sinceridade é força do hábito.

Disponho de um pouco de discernimento agora.
Mas admito! Não é força de expressão quando eu falo ‘um pouco’. Também pudera, são 00:48 da manhã, o que você queria?
Mas a verdade é que eu falo de um modo geral. Vejo você agora como é! Não o que eu quero ver. E sinceramente? Não tenho tido o mínimo interesse em ver tudo isso!
São atrativos demais!
Qualidades demais!
Sorrisos demais!
Histórias demais!
Verdades demais!
Saltando pra fora, gritantes. Rasos demais!
É assim que eu vejo agora. O raso do que você fala.
A nobreza estonteante da sua razão, incontestavelmente perfeita!
Ela me irrita!
Entenda. Eu não estou sendo grosseira, apenas sincera.
Aliás, como sempre fui! Pelo menos com você.
Que apesar do ar superior, e da senhora segurança que eu me esforcei tanto pra admirar, nunca me assustou como aos outros.
O que me falta agora é a paciência de antes. Que não era muita, mas de qualquer forma me servia.
Para brincar de não suportar seu ímpeto e sua arrogância.
Pois isso agora ocorre de fato. Não brinco mais!
Mas ainda assim gosto de você. Acho até que admiro.
Afinal, você consegue conviver em paz consigo mesmo todos os dias e ainda não cometeu um suicídio!
Não ria. Falo sério!
Isso é pra quem tem muita força de vontade. E devo admitir que não disponho de nenhum pouco pra você.
Não é força de expressão, já disse.
Minha sinceridade é força do hábito!

sábado, 22 de maio de 2010

Defeito de fábrica.

Seria eu, uma herege diante de ti e das tuas drogas?
Mais uma vez durante a noite o sentimento que me toma é de pena, pena alheia.
Pobre daqueles que acreditam na inocencia de todo aquele que não participa, que não conta.
Coitada de ti, que ao invéz de saber, descobre.
Bom, por mais uma vez, eu aqui falo como quem não quer nada se não algo que lhe é de direito, não julgue um defeito, se tal torna-se uma condição.
Deixo aqui meus pêsames, pelo teu pensamento antigo, pelo teu pensamento mórbido.
Pessoas vivem, e convivem com defeitos irrevogavelmente péssimos, deficiencias, vícios, impecilios.
No entanto tua mente pequena, minúscula, aquerosa, me elege como herege. Herege.
E então Deus disse 'Amai vos uns aos outros'.
Eu aqui, considero válido todo tipo de amor, sem restrições, sem pecados, sem punições.
Seria eu herege então por amar por que és, invez do que pelo que tens no meio das pernas?
Seria eu, pecadora por amar, amar inexplicavelmente, sem limites, sem condições? Sem..sexo?
Tenho eu então, um defeito de fábrica?
Crie conceitos, analize-os, refaça-os, e mate, esconda, envergonhe-se, dos préconceitos.

Câmbio desligo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Feito de mim, por mim, e para mim.

Não que aquilo fosse de veras importante, ou que viria a prejudicar-me ficar sem.
No entanto era algo feito de mim, por mim e para mim.
Algo tão meu quanto teu. Pertencendo à algo nosso.
Mais uma vez, não que aquilo fosse de veras importante, é só que, já me era negada a escolha de não amar, não havia um outro caminho.
Era tão feita de mim, quanto eu feita de ti. Equivalentes.

Por descuido deixas-te que te ocupassem de outros, e que estes outros me expulsassem de ti.
Ora fora o que me viera a cabeça, ora fora a mentira deslavada.
Eu não estava em ti tanto quanto tu estavas em mim. E isto era fato.
Embora a teoria do teu descuido me viera a calhar, sabia eu que o descuido não era teu.
O descuido foi meu, de não ler teus olhos que diziam claramente "tu não és meu, tanto quanto não sou teu".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eu falo o quão vazio é ter você aqui.

E do quão simples te ver estar, te ver sentir, poder te abraçar.
Eu falo da expressão dos meus olhos, eu falo da reação dos teus.
Cada toque ainda habita aqui, martirizado, dilacerado, no entanto convidativo.
Mundo puta injusto que te trouxe pra mim, que maldade essa de te trazer e te deixar.
Mais uma vez, eu falo do quão vazio é tê-la aqui.
Do quão inútil é ver teus braços envoltos em mim.
E de novo, teu conforto ao me ver, tua nobreza ao sorrir.
Apenas me levam a crer, que há um motivo para existir.
Mas eu ainda falo do quão vazio é tê-la aqui.