sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Door down.

O tempo tem passado diante de meus olhos e dos seus também., as pessoas são como linhas que se cruzam na linha do tempo, e o tempo, sempre perdido. Quanto tempo perdido. Perder-se no tempo não é como não achar o caminho, é como chegar na saída e perceber que a vontade de voltar é maior que a de sair. Não é como você chega, mas como você sai.
E eu tão perdida no tempo que sempre fui, só rezo para que você saia.
As coisas aqui fora andam como de costume, como deviam andar. Mas falta um quê de alguém que eu não sei quem, de alguém que se esconde atrás da porta.
Mas quantas portas mais eu terei que esperar?
Não lhe digo que o Sol vai ser constante, e que nada vai dar errado aqui fora, você sabe, eu gosto do frio, e eu sou toda errada. Mas guria, o que eu tenho guardado pra ti vai além do calor e do certo e do errado, vai além de tudo que a gente já disse.
O que eu tenho pra ti é algo como algumas risadas de manhãzinha, conversas sabor saudade as 4:40 da madrugada, visitas de bom dia, feriados cercados de presença por todos os lados, uma carta na tua caixa de correio, uma mordida vez ou outra, e algumas discussões terminadas em " eu te amo, boba", doses altíssimas de ciúmes, sempre resolvidas com risadas, várias músicas daquelas que a gente gosta, ligações que não dizem nada além do som do nosso sono, mas que contém tanta, mas tanta saudade de dormir junto. O meu egocentrismo, e o teu egoísmo, tudo aquilo que cabe certinho em alguns meses, e que cabe tão certinho na gente, aquele romancezinho de portão, aquele amor bom com direito a frio na barriga de saudade, de desejo, de medo de perder.
Eu sei, tu tá aí há tanto tempo que esqueceu como sair, mas não tenha medo, não há nada aqui fora que te machuque.
Apenas eu, e o tempo. Então sai guria, e deixa nossas linhas se cruzarem, e o tempo cuidar delas.